O P.

O P. é o meu...unido de facto????
Sim, porque não existe uma definição para os elementos de uma união de facto. Não somos cônjugue pois não somos casados e também não somos namorados (embora namoremos muito), porque partilhamos mesa e cama.
Logo, estamos numa lacuna gramatical, sem um termo que nos indentifique.
Mas voltando ao P., ele é o meu marido, o meu companheiro e outros nomes que tais que demonstram que partilhamos um relacionamento amoroso, já com alguns anos, com dois filhos e esperança de mais momentos vividos em família.
Ora o P. já foi casado e após o divórcio nós conhecemos-nos e começamos a namorar. Quando dicidimos ir viver juntos, foi uma decisão consciente, bem reflectida e ponderada.
Eu sempre pensei em viver a dois antes de casar, porque a vida a dois é bem diferente, cada um tem os seus hábitos e manias, e as vezes as coisas não resultam.
E assim foi, fomos "à experiência" e ainda hoje resulta. Mas eu sempre pensei em casar (coisa de menina), e sabia que pela Igreja não podia, pois o P. já casará, mas o civil era possível. Mas o P. não queria ouvir falar disso...fugia desse assunto como diabo da cruz.
Eu durante estes anos fui sempre tentando, fui sempre falando no assunto na esperança de o vencer pelo cansaço e pela minha teimosia. E porque na verdade estou um pouco cansada de ser mãe solteira.
Não acho que o oficializar a nossa relação vá alterar alguma coisa, sinto-me casadíssima e somos mais felizes que muitos casais, mas que queria muito assinar o nome do P. e que gostava de me sentir casada para todo o sempre, gostava e muito.
Isto para dizer, que ontem o P. me explicou finalmente a razão porque ainda não casamos e foi a coisa mais bonita que ele me disse nos últimos anos.
Foi uma verdadeira declaração de amor...e sabes que mais P. senão casarmos não faz mal nenhum, porque depois de ontem tenho a certeza que temos o casamento mais fantástico de sempre.
Gosto de ti!!!